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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Detrás dos quintais

Detrás dos quintais



Amavam-se nos campos detrás

dos quintais,

Não perdiam tempo com coisas

triviais,

Bebiam um do outro com secura

na boca,

Saciando a sede e bebendo

mais,

Eram dois Seres apenas, pessoas

normais,

Que trocavam afectos detrás dos

quintais,

E trocavam juras com sonhos

iguais,

Promessas de Amor, grandes

Ideais,

Mas mais…, mais…, mais…,

Era a plena entrega,

Enlevos totais, partilha da Alma,

Anseios carnais,

Trocando Luxúrias detrás dos

quintais.

E como não ligavam a coisas

triviais,

Um mais um, não eram dois,

eram mais…,

MUITO MAIS.



José Dimas

Out 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dualidades


Dualidades

Trouxeste-me o abandono
Embrulhado
Num sentimento teu.
Numa introspecção,
Vi-te em mim,
Na palavra
Que saltou da tua Alma!
O teu choro ecoou,
E o meu sentimento
Aflorou nos teus lábios,
Dos meus olhos
Saíram duas lágrimas tuas,
Que convidaram as minhas
A descer pelo teu rosto,
O reflexo da projecção
Da nossa mágoa,
Eclodiu no brilho dos nossos
Olhos,
E o nosso abandono,
Sentiu-se confortado
Com o nosso carinho,
No abraço das nossas Almas
Abarcámos o Universo,
Tu não és minha mãe,
Eu não sou teu pai,
Mas eu sou tu,
E tu és eu,
E eu e tu…
Somos muitos!

José Dimas
__2010__

O outro lado do espelho


O outro lado do espelho


Perdido numa encruzilhada,
Entre o passado e o futuro,
Aguardo ansiosamente um encontro,
Comigo mesmo!
Sempre adiado,
Devido á hiperactividade da mente,
Onde estou? Que não me acho!
Caminho trôpego e não avanço,
Dou largas passadas
Em direcção a nenhures,
É urgente este encontro!
Observo-me no espelho,
E escuto o Coração
Com os ouvidos da Alma,
A aceitação dos sulcos na face
É agora mais simples,
Pois a lavoura da vida
Faz o mesmo a toda a gente,
Há que aproveitar essa lavoura,
E semear nela algo frutuoso,
Talvez sabedoria,
E do estado de borboleta
Observar agora os ovos,
Sem julgamento!

É inverno
Mas as estações sucedem-se,
Brevemente será primavera!
Aqui e agora…
No outro lado do espelho!

José Dimas
2010

Vá diz-lhe


Vá diz-lhe!

Leva-me contigo!
Leva-me nesse teu sonho de ser Feliz,
E diz a toda a gente que renasceste.
Vá diz-lhe,
Diz-lhe que descobriste mais uma cor no arco-íris
E que o amanhã é construído hoje,
Vá diz-lhe
Diz-lhe que cada pôr-do-sol
Tem a beleza de cada dia,
E que a beleza de cada dia está nos teus olhos,
Vá diz-lhe,
Diz-lhe que a nova cor do arco-íris
Se chama Amor,
E que a partitura da orquestra do Universo,
Tem mais uma nota,
Vá diz-lhe,
Diz-lhe que o ritmo é o ritmo do Coração,
E a duração é a Eternidade!
Vá diz-lhe,
Diz-lhe que vais dançá-la comigo
Num Abraço Carinhoso,
Vá diz-lhe,
Diz-lhe que vamos dançar juntos a Eternidade,
E que vamos dizer a toda a gente que renascemos,
Vá diz-lhe,
Diz-lhe que a nova nota Universal
Se chama Amor
E que vais dançar toda a Eternidade
Ao som do ritmo do Coração
Vá diz-lhe,
Diz-lhe que nesse teu sonho de ser Feliz
Me levas contigo!
Vá….
Diz-lhe!

José Dimas
_2010_

Desejos


Desejos


Esse teu sorriso inunda a minha Alma de alegria.

E o brilho dos teus olhos, como uma estrela

Cadente,

entra em mim com a energia de mil amantes

no auge do prazer,

embriagaste-me com a tua beleza,

e enfeitiçaste a minha Alma com a tua presença

em mim.

O descompassado bater do meu Coração,

faz-me crescer uma sede

de carinhos e ternuras.

Apetece-me mimar-te e encaixar o teu corpo

no meu,

abraçar-te num abraço de Almas e de corpos, sedentos;

ávidos de Amor.

Quero beber o teu sorriso com beijos,

mergulhar no brilho dos teus olhos,

e perder-me no teu corpo em carícias,

esculpindo com as mãos uma sede de desejo

tantricamente nosso,

só nosso,

num Universo de Ternuras e Prazer.



José Dimas

Nov__2010

Sei de um Lugar


Sei de um Lugar


Conheço um lugar mágico, onde as essências abundam!
Erva-cidreira, alfazema, lavanda, rosmaninho…
aromas que inebriam os sentidos de qualquer Ser vivente,
misturam-se no ar e cheira a Amor.
As paisagens garridas, matizam-se em laivos,
num cenário de sons melodiosos,
suaves como seda,
os riachos murmuram poesia, sussurrando versos
ao leito acolchoado de seixos rolados,
e ao veludo das algas,
Os cardumes, no frenesim da desova, roçam os corpos
em êxtase.
As borboletas, num ritmo estonteante, espalham magia no ar,
acrobaticamente, numa explosão de cor,
imiscuindo-se na essência da paisagem,
voando, rodopiando e voltando a rodopiar,
tantas vezes quanto a vida o desejar,
tantas quantas a felicidade o solicitar…
Na beleza e alegria do rouxinol, do melro, do tentilhão,
transparece a energia do simples,
celebram a vida, e cantam à mãe natureza,
Agradecendo, e retribuindo em melodias
Angelicais,
em suaves e afinadas baladas, que lhes saem da alma,
da sua simples e enorme alma,
como se não houvesse amanhã…
Nessa delicadeza de fluir de sons, de notas doces, afáveis,
esse néctar dos sentidos, que se bebe com a Alma,
reside o segredo da felicidade,
na plenitude serena do Ser,
na simples simplicidade do viver da vida…

Vem comigo mergulhar na fragrância da paisagem que me envolve,
beber do frenesim ao rubro dos peixes,
roçar os corpos nos pastos orvalhados de suor,
vem escutar a escrita do riacho amoroso,
vem comigo a este festim dos sentidos,
embriagar-te com o cheiro da pele suada de prazer,
e enlear as nossas Almas , numa doce alusão musicada
a Vinicius de Moraes…
… “ eu sei que vou-te Amar…
por toda a minha vida eu vou-te Amar…”



José Dimas

Nov_2010

domingo, 28 de novembro de 2010

Tu és um poema completo


Tu és um poema completo
Que eu declamo com as minhas mãos,
Como suaves carícias da Alma,
Na alvura encrespada da tua pele...
José Dimas
Nov_2010

Chuva Madura

Chuva madura

Chove,
Chove sem parar,
As gotas de chuva
Perfumam o ar,
Com fragrâncias do barro,
Em deleite a gozar

A terra esperava
Não ia tardar
De tão ressequida
Estava-se a rasgar,
Há muito esquecida
De como era Amar

Agora inundada
De Amor a escorrer,
Liberta o perfume
Como uma mulher,
Que de adormecida
Está a renascer,

Prenhe de ternura
De sonhos, prazer,
Entregou-se á vida
Já não quer morrer,
Á vida que jorra
E lhe alaga o Ser,
Transmuta-lhe a Alma
E fá-la viver.

José Dimas
Ago_2010

Velando Sonos


Velando Sonos
[José Dimas]

Adormeceste e eu fiquei a velar o teu sono,
dizem que nos sonhos a Alma abandona o corpo;
não consegui ver!
Vi a candura da tua pele imaculada, emanando Luz,
e o brilho dos teus sonhos, iluminando as sombras
do teu quarto.
Resplandecente, alvorada adentro,
Deambulou a tua pureza, irradiando Amor,
respirando Amor,
sonhando Amor…

Pelos meandros do meu pensamento mergulho e visito
a tua alma,
bebo o brilho dos teus sonhos
e deleito-me na tua essência,
escrevo um verso no teu dorso
com bocadinhos de mim,
e subtilmente sinto-me fazendo parte de ti,
sonho agora os teus sonhos,
e aconchego-me na tua sensualidade…
…até à exaustão,
até não poder mais…

José Dimas
Nov_2010

O pastor dos Sonhos


O pastor dos sonhos

Tenho no sótão da minha essência, um lugar onde agasalho
as minhas memórias,
por vezes divago nas memórias da carne magoada de prazer
com cicatrizes de Amor.
Com cicatrizes de sonhos por sonhar e por sarar.
Os dias que pareciam anos, parecem agora minutos,
E o viver da Vida agarra-se-me aos ossos, até parece
que se me acaba o tempo.
Sinto com gosto o prazer das horas calmas, das horas
em que o tempo me morde nas canelas
com raiva
e se desenrolam do sótão as memórias do presente,
onde flutuam devaneios num mar de certezas e incertezas.
Pastam sonhos nos prados do sentir
e nascem realidades no peito.
Os cães sem rosto
ladram ao pastor dos sonhos, e tentam arrancar
da Alma, pedaços sem cor de uma vida
Fragmentada.
Cresce-me muito forte no peito, uma vontade tremenda
de ser feliz.
Apetece-me dizer ás horas que parem de correr,
para eu Amar com todo o tempo do Mundo.

Sacudo a insegurança da pele, enxoto os cães sem rosto
com pedradas de latim
e repouso nas memórias da carne magoada de prazer,
sentindo no corpo, o tempo que me cresce do peito,
até à eternidade.

José Dimas
Nov_2010

Olhei-te no brilho dos teus olhos, que não sorriam.

Olhei-te no brilho dos teus olhos,
que não sorriam.

Estavas a chorar.

E o teu choro ecoou
nos meus choros calados.

Só queria poder estar ai,
para beber essas lágrimas
com beijos,
e dar-te o meu colo para tu te aninhares,

enquanto te canto ao ouvido
versos lindos de Amor,
como canção de embalar.

Sinto-te muito dentro da minha alma.

Escalaste por uma lágrima minha,
e entraste em mim pelo meu olhar,

agora estás cá dentro,
fazes parte da minha essência,
choramos o mesmo choro,
e somos um...
em Amor,
Somos uno…
em Plenitude…


Brafma 2010

Primeiros passos a "Bloggar"


Esta vai ser a casa da minha escrita, e tem as portas abertas à tua análise e critica.
Entra, desnuda a tua Alma, e tenta ver com os olhos do Coração.

José Dimas
Nov_2010