Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Securas


  
Securas…


Bebi no céu
O odor da brisa suave,
Esse odor
Que antecede o verão
Na tua boca…
e saciei-me!

As ultimas trovoadas
Do Maio
Inundaram o teu corpo,
Prenhe dum verão
Maduro; sedento…
ávido de ternuras!
Onde o calor do vento
trilha colinas
e a paixão floresce,
Na brandura do orvalho
Do amanhecer…
Quero ser brisa e vento
E alvorada,
E sede e trovoada
E corpo no corpo
Sem pedir nada…

José Dimas
2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Em Silêncio!


Em Silêncio!

Em silêncio Orei…
No templo do teu corpo;
Orei…


Em silêncio,
Abracei a tua nudez
E vi-te pura,
Despida de ti
Na tua candura…

Em silêncio,
Perdido de mim
Perdido do mundo,
Mergulhei fundo…
Orei…

Em silêncio,
Respeitei a tua timidez,
A tua altivez,
A tua ternura,
O teu Silêncio…

Em silêncio,
Mil Nenúfares floriram
No meu corpo,
Nas cinzas de um vulcão
Adormecido...

Num Silêncio,
Que ainda nunca antes,
Eu houvera consentido…

José Dimas
2011-04-18

domingo, 17 de abril de 2011

Lagos Verdes


Lagos Verdes

Amanhece…
Brinda-me o melro
Com os seus trinados.
Repenica!
E engrandece,
Na alegria dos simples…
Nos silvados,
Com a mesma simplicidade
De uma flor a desabrochar;
Nos prados…
Nos verdes prados,
Orvalhados,
E no brilho dos teus olhos
Esverdeados,
Nascem lagos
De alegria,
Seduzindo, o nascer do dia…
José Dimas
2011-04-17

Mendigo de Amor

Mendigo de Amor

Já fui mendigo de Amor,
Em tempos que já lá vão,
Eu já lhe conheço a dor,
Não vou mendigar mais não,

Já não peço ao meu Amor,
Mimos carinhos e beijos,
Conhecemo-nos de cor,
Ela sabe os meus desejos,

E Amar, presentemente,
Nesta ânsia, todos os dias,
Do Amar perdidamente,

Com todas as euforias,
É um sentimento presente,
Um despertar… de alegrias…

José Dimas
2011

domingo, 13 de março de 2011

A ti…Alentejo!



A ti…Alentejo!

Antes, via-te como uma Estrela,
Dessas Estrelas especiais, que brilham até depois do alvorecer.
Agora vejo-te como um cristal; delicado...
Com o reflexo das mil cores do Amor,
Digo – dos milhões de carinhos das cores do Amor.
E tantos reflexos…

José Dimas
2011

sábado, 5 de março de 2011

Alvorecer

Alvorecer

Sei que não é só tristeza, antes fosse;
Este sentimento que me fere, sem ferir;
E as feridas já saradas e a abrir,
Antevêem na minh’alma uma dor doce.

É o medo dessa dor que me entorpece,
Que me deixa alegre e triste, sem saber,
Se me quede na masmorra do viver,
Ou se viva nesta vida que amanhece.

Pois a mesma ambiguidade do pensar,
Que me diz que por amar, eu vou sofrer,
Me dá forças pra viver e pra lutar,

E quando sinto minha Alma entristecer,
Que de tão triste, até me faz agonizar;
Vislumbro nela, a doce luz do alvorecer.

José Dimas
2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Madrugadas

 

Madrugadas

Quisera eu apagar em mim a chama,
que em meu sangue se imiscui, e que me inflama,
e não querer pensar mais que tu existes…
Mas não consigo, pois meus olhos ficam tristes,

E assim me invade o calor doce da paixão,
enquanto a vida vai passando, e já não volta,
cada segundo que passou sem ilusão,
é um presente que nos entra pela porta.

Resta-me então bradar aos céus até ser dia,
por esta linda e viva luz que me alumia,
e que se sinta no meu peito essa razão,
do alivio do contacto do perdão.

Talvez pra ti possam ser águas já passadas,
mas para mim, sozinho nestas madrugadas,
sinto a presença desse amor que me domina,

e no barulho do silêncio que me assola,
só essa linda Luz que me ilumina,
e o nascer de um novo dia; me consola…

José Dimas
2011